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segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Vendas Novas - Sintrense



Estrela de Vendas Novas 2 vs Sport União Sintrense 3

Por
Jorge Cardoso e Nuno Silvestre
Retirado do site oficial do Sport União Sintrense.


Precisamente no dia em que o Sintrense comemorou o seu 96º Aniversário, e por caprichos do sorteio do Campeonato Nacional de Futebol da 3ª Divisão, a sua equipa principal de futebol deslocou-se a Vendas Novas, onde perante muitos adeptos que se deslocaram de Sintra até à bonita localidade alentejana, venceu o Estrela local por 3-2. Foi a primeira vitória do Sintrense neste campeonato, que serviu de prenda aos seus adeptos, em dia de Aniversário. Esta partida opunha frente a frente, duas equipas que ainda não tinham conhecido o sabor da vitória no Campeonato. Aquilo que se suspeitava do que seria este encontro confirmou-se na sua plenitude. Uma partida com duas equipas extremamente nervosas a entrarem em campo.

Não foi por isso, um bom espectáculo de futebol. Não falharemos muito se dissermos que já vimos o Sintrense jogar bem melhor e…perder jogos. Mas isso que importa ? O que importa mesmo, são os três pontos da vitória, e esses já não fogem ao Sintrense. Como já se referiu, ambas as equipas demonstraram em campo o tão importante seria conquistar uma vitória. Talvez com esse pensamento a “morder” a consciência de todos os jogadores, não se jogou um futebol bonito. Muitos passes perdidos, dificuldade em segurar a bola nos pés e a lançar jogo ofensivo, dificuldade em pensar o jogo e escolher as melhores alternativas para sair daquele tipo de jogo algo confuso. Os primeiros quinze minutos, e como lhe competia, foi a equipa da casa a pressionar o último reduto do Sintrense. Uma pressão sem resultados práticos, atabalhoada, e em que a defensiva sintrense chegava e sobrava para anular essas investidas caseiras. Nesses primeiros quinze minutos, as oportunidades de golo não surgiram, já que a defensiva sintrense chegava e sobrava para os atacantes do Vendas Novas. A pouco e pouco o Sintrense foi pegando na partida, enquanto que a formação caseira ia perdendo um pouco o fôlego inicial. Aos 23 minutos, numa jogada confusa à entrada da grande área dos da casa, um defensor atrasa o esférico para Hugo. O guardião alentejano, pressionado, agarra a bola, quando não o devia fazer. Livre dentro da área do Estrela de Vendas Novas, a proporcionar a Paulo Vieira um golo de belo efeito. O capitão do Sintrense rematou colocado, e fora do alcance da barreira formada pelos homens do Estrela de Vendas Novas. Os adeptos sintrenses faziam a festa nas bancadas. O Estrela de Vendas Novas sentiu este golo, e foi o Sintrense que continuou a jogar melhor e a criar mais desequilíbrios na luta a meio campo. Renato era mais um espectador do que um interveniente. Josué lutava muito no meio da defensiva contrária. O ex-júnior do Sintrense dava muito trabalho ao último reduto alentejano, e nem sempre era travado dentro da lei. Neste capítulo, o árbitro deixou passar em claro muitos empurrões a Josué à margem das leis. Algumas dessas faltas em zonas perigosas do terreno, junto à área alentejana. Josué teimava em ganhar muitos lances aéreos e muitas das vezes, era puxado e impedido de disputar os lances. Quase no final da primeira parte, cruzamento na direita do ataque do Sintrense, e ao segundo poste, Miguel Abreu, com tudo para fazer golo, viu a bola sair a milímetros do poste da baliza de Hugo, quando já se gritava golo no Estádio.

O Sintrense ia para intervalo a vencer por 1-0, merecidamente , porque dentro do nervosismo que pairou nas duas equipas, foi a equipa mais objectiva em campo. Para a segunda parte, interessava saber como é que a equipa alentejana entraria em campo para dar a volta aos acontecimentos. Cedo deu para perceber que em pouco ou nada alterou o seu tipo de jogo nos minutos iniciais. A equipa da casa continuava muito nervosa, e era o Sintrense a equipa mais lúcida em campo. Não foi de admirar, que aos 53 minutos, numa jogada bem delineada e estudada pela esquerda do ataque do Sintrense, e com um cruzamento bem medido, Walnei surgisse fulgurante de cabeça a empurrar para o fundo da baliza de Hugo. Era o segundo golo do Sintrense, muito festejado pelos adeptos nas bancadas. Três minutos depois, o Sintrense poderia ter dado o cheque mate na partida, mas a bola rematada por Paulo Vieira saiu muito perto dos postes da baliza de Hugo. Carrapito mexeu na equipa, com a saída de Nelson e a entrada de Renato. Pretendeu dar mais profundidade ao seu ataque. O técnico do Vendas Novas ganhou com esta aposta. A equipa alentejana melhorou o seu jogo, o seu futebol começou a surgir mais fluído e mais objectivo. Paulo Morgado apercebeu-se, e respondeu no banco com a entrada do jovem Ricardo para o lugar de Miguel Ângelo, e com a entrada de Éder para o lugar do esgotado Josué. Em dois minutos, dá-se quase o volte face na partida . Aos 78 minutos, contra ataque do Vendas Novas e Renato, de cabeça, aos 78 minutos marca o primeiro golo da equipa da casa. Um golo que nos parece precedido de posição de fora de jogo e bastante contestado pelos adeptos sintrenses. Aos 80 minutos, numa falta perto da grande área de Renato, como muitas outras que Josué sofreu ao longo da partida, e que nunca foram assinaladas, Bruno Mendes marca o golo do empate, num livre superiormente bem marcado. Temeu-se o pior para o Sintrense. A equipa do Estrela estava galvanizada e acreditava ser possível a vitória. Foi sol de pouca dura, já que volvidos três minutos, Éder marcaria aquele que seria o golo da tarde. Um grande golo, num remate na esquerda bem colocado, e sem hipótese de defesa para Hugo. Alívio e muitos aplausos entre os adeptos do Sintrense. A vencer, a equipa do Sintrense chamou a si o controlo e a gerência do jogo e do tempo que restava para o final. E fê-lo bem, já que nunca mais o Estrela de Vendas Novas se aproximou com perigo da área de Renato.

Foi a primeira vitória do Sintrense, justa, numa partida nem sempre bem jogada e que motivou fortes aplausos dos seus adeptos no final da contenda. Bem vistas as coisas, um Sintrense que se apresentou em Vendas Novas desfalcado de muitas peças influentes no seu plantel, daí que no banco apenas tenham estado seis dos sete jogadores autorizados. Foi a vitória desejada pelos adeptos em dia de Aniversário do Sintrense e foi a prenda do plantel a todos. Quanto ao árbitro da partida e seus auxiliares, não estão isentos de culpas em alguns lances em que o Sintrense tem razões de queixa.

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