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terça-feira, 13 de novembro de 2007

Espaço do Leitor Sintrasport

Artigo da responsabilidade de Domingos Estasnilau (Presidente do CF Benfica)

SOBRE AS NOVAS TECNOLOGIAS NO FUTEBO
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É uma discussão que está na ordem do dia as novas tecnologias para o futebol. Eu creio que não nos devemos deixar levar por estas ideias da inovação para o futebol com a aplicação das novas tecnologias. As novas tecnologias hoje já têm aplicação directa por exemplo numa falta grave de um jogador sobre o outro que a equipa de arbitragem não detecta na hora. Relativamente a uma acção directa no jogo creio ser absurdo introduzir algo mais que não seja um sistema que em caso de dúvida simplifique a acção do árbitro na dúvida quando à validação do golo ou não validação. Aí sim tem alguma lógica introduzir-se no futebol um sistema que permita evitar erros grosseiros que acontecem aqui em Portugal como em qualquer lado. Agora introduzir-se tecnologias que levem a que o jogo esteja sistematicamente parado não é efectivamente uma boa maneira de inovar o futebol, que é o que poderia acontecer num jogo, disso não tenho dúvidas nenhumas.

Ora bem isso também tiraria a verdade ao futebol, porque seria jogado com interrupções constantes. Passaria um jogo de futebol a ser dirigido dentro e fora do campo com todos os inconvenientes que isso originaria e como é óbvio o erro humano também poderia acontecer
Quanto tempo se perderia a analisar o facto ? As discussões e as "assembleias" que dentro do campo os próprios jogadores fariam, aproveitando-se desse caso a equipa que estaria na posição de vencedora. Já todos pensaram o que seria interromper um jogo sistematicamente a quatro/cinco minutos do fim dum jogo importante? Podia ou não acontecer? Se hoje se diz que os árbitros beneficiam este ou aquele clube porque razão não poderia o árbitro que estivesse a visionar o jogo interromper constantemente a partida em causa para beneficiar quem estivesse a ganhar na altura? O erro humano existirá sempre no futebol, com novas tecnologias ou como está, deixemos estar assim, introduzindo apenas um sistema que permita detectar o golo, não descaracterizemos mais o jogo de futebol, porque se não qualquer dia temos robots em vez de seres humanos a chutar uma bola em nome da verdade desportiva e do espectáculo.

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