Sintrense - Cacém (Visão Cacém)

Por Nuno Sinosgas
fotos de Nuno Gaspar

O Atlético do Cacém começou muito bem o jogo, fazendo sempre fé na sua cultura táctica com uma pressão bem alta, não deixando o impulsionador do jogo sintrense, o nº 10 Paulo Vieira distribuir em condições o jogo, falhando o Sintrense bastantes passes nas suas transições.

Os sintrenses ainda sem vencer esta temporada não encaixavam na teia montada pelo Prof. João Raimundo, e o Cacém ia chegando com relativo perigo à baliza de Renato por intermédio de Casquinha. A partir dos 30 minutos o Sintrense sacudiu um pouco a pressão, impulsionado pelo extremo Pedro Alves, tendo sido obrigado Tecelão a algum trabalho. Na marcação de um canto Josué remata por cima.

O Cacém continuava no ataque sempre apoiado com Rodinhas a conduzir o jogo, com o irrequieto Matias a ser uma dor de cabeça para os centrais sintrenses. O Atlético do Cacém esteve perto de marcar antes do intervalo num lance em que o guarda-redes Renato falha, a bola sobra para os pés de Matias que desperdiça.Na segunda parte o Sintrense afinou o seu jogo e equilibrou a contenda, Josué o mais activo atacante do Sintrense atira para a primeira grande intervenção de Tecelão. O assédio sintrense culmina no lance do primeiro golo com uma perca de bola de Barata que quis fintar em sítio proibido, permitindo o centro o qual Josué liberto de marcação aproveita e faz o primeiro do jogo.
A equipa do Cacém que até aí não tinha falhado partiu em busca do prejuízo e aos 60 minutos o golo da tarde, Rodinhas na marcação de um livre a uns bons 30 metros da baliza faz um golaço para delírio dos muitos apoiantes do Cacém.

Num momento em que o Cacém podia aproveitar a motivação do golo do empate, Sapo até aí a efectuar uma bela exibição é expulso por acumulação de amarelos, a partir dessa altura o Sintrense carregou, tendo o treinador João Raimundo de acertar posições no relvado trocando Quinaz por Bruno Andrade e o esgotado Ivo Ribeiro pelo possante Flávio Garcia.
O Cacém não se esquecia de atacar e o treinador do Cacém substitui Casquinha pelo veloz Ivan colocando o irrequieto Matias no centro para aproveitar eventuais falhas. Em posição frontal o algarvio chuta fraco à figura do guardião Renato.
O Sintrense não desistia e pressionava bastante tendo obrigado Tecelão a duas grandes defesas. Inclusive os homens de Sintra com mais um jogador em campo enviaram numa jogada a bola à trave e Vasco Franco salva na linha o golo sintrense. A equipa de Sintra carregava e Hugo Tecelão defendia mais um remate do recém entrado Ronaldo.

Tendo por justificação a assistência de Tecelão para troca de botas, o árbitro Luís Brás concede 8 minutos de desconto, os quais achamos exagerados, tendo aí o Cacém refreando os ímpetos do Sintrense com algum anti-jogo, recebendo no mesmo lance os jogadores do Cacém 3 amarelos, num lance caricato onde o pressing dos da casa fez o árbitro mostrar cartões de rajada.

E aos 98 minutos a glória, numa arrancada do sempre inconformado Matias pelo lado esquerdo após fintar dois adversários passa a Ivan Menezes que depois de fintar um adversário atira para o fundo das malhas de Renato. Era o delírio de todos os Cacenses e passados 2 minutos termina o jogo.
Num encontro onde finalmente a sorte nos bafejou, mas a mesma protege os audazes e o Cacém procurou a sorte com a raça e querer característica desta equipa.

Não poderei deixar de passar em claro o excelente apoio que os nossos jogadores tiveram por parte de sócios e adeptos, que sempre apoiaram os jogadores, para eles também o nosso apreço. Esperamos a partir de agora ver sempre este apoio. No fim do jogo João Raimundo pedia para transmitir aos sócios e adeptos presentes. "Não quero deixar de agradecer a todos os associados e amigos do nosso Atlético Clube do Cacém, que estiveram presentes no estádio do Sintrense, a sua disponibilidade e afeição demonstrada no apoio incondicional à nossa equipa de futebol desde o minuto inicial até mesmo nos minutos finais onde dignificaram também com o seu apoio à nossa excelente equipa."