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sábado, 1 de setembro de 2007

A Semana Numa Coluna

Crónica semanal por Rui Lopes

Começo a crónica desta semana falando de um acontecimento trágico. A morte de Puerta, jogador do Sevilha de apenas 22 anos, que não resistiu a várias paragens cardíacas durante o jogo com o Getafe na jornada inaugural da Liga Espanhola.
Foi mais um jogador profissional a falecer por o coração não resistir. Infelizmente não foi o primeiro caso, pelo contrário. No dia seguinte voltou a acontecer um caso idêntico em Israel. Fará a todos nós alguma confusão que estes atletas são observados diariamente com cuidados especiais por profissionais de saúde, mas que mesmo assim estão sujeitos a situações tão trágicas. É a vida e há que aproveita-la enquanto a "maquina" funciona.

Falando de coisas mais alegres, a semana ficou marcada pela vitória de Nélson Évora (com quem Scolari disse que vibrou apesar de ser tão Português como Pepe, mas desse já falarei), nos Mundiais de Atletismo, numa disciplina que o nosso país não tinha tradição, o salto em comprimento. Ao contrário o não Português (isto das selecções parecem clubes é o que dá) Obikwuelo foi uma grande desilusão.

A semana ficou ainda marcada por dois duelos futebolísticos. O segundo clássico oficial da época, o Sporting-FC Porto parte 2, e pelo FC Copenhaga-Benfica.
No primeiro, o FC Porto "vingou-se" da derrota na Super Taça, mas com um golo polémico que bem analisado até é capaz de ser legal. Mas tem que ser bem analisado. Não há atraso, mas a Fifa diz que os "charutos" do género que Polga fez, se forem parar às mãos do guarda-redes é falta. Portanto marcou-se a falta. Embora a maioria das vezes nos nossos estádios não se fazer. Agora que o livre indirecto foi marcado um pouco às "três pancadas" lá isso foi. Mas isso quem explica melhor é o nosso amigo Paulo Carrilho no seu "Um Treinador de Bancada". De qualquer forma faltaram uns vermelhos contra a indisciplina (habitual) do FC Porto. Já na Super Taça tinham entrado assim no jogo.
No segundo duelo, os Deuses estavam com o Benfica. Se calhar com Santos aos 15 minutos já perdiam por 2 ou 3, mas Camacho não tem a sorte de Santos, ou melhor, o azar. E o Benfica sem justificar marcou ( e marcou de uma forma bonita). A bola não queria entrar na baliza de Quim e ainda bem para o nosso país. Assim teremos três equipas na Champions, apesar do Sporting ter sido "atirado" no sorteio para um grupo jeitoso, com Manchester United, Roma e Dinamo Kiev, mas a esperança é a última a morrer.
Na Taça UEFA o União de Leiria fez história e também entrou na competição, conseguindo para Portugal o recorde de 7 equipas nas competições da UEFA. Mas isto é um engano. Há os três grandes e o Braga com estofo para estas andanças, e com o sorteio de ontem, nem com milagres lá vão. Belenenses com Bayern, Leiria com Leverkussen e Paços de Ferreira com AZ. Se entrar na fase de grupos o Braga, já será muito bom. E por isso digo que é tudo um engano. Estamos com 7 equipas e os pontos são a dividir por 7. Portanto mais uns anos e voltamos às 4 equipas que chega bem.

Os estrangeiros não param de chegar ao nosso campeonato. Pela primeira vez na história do mesmo, vamos ter maioria de jogadores oriundos de outros países, enquanto os nossos jovens não param de imigrar para países como Roménia, Bulgária e Chipre. Portanto não é de admirar que a nossa selecção seja cada vez mais internacional.
De uma assentada chegaram quatro brasileiros para o Belenenses, dois para o Leiria, um para o Benfica que ainda contratou dois Uruguaios (é tipo pack).
Pepe é o mais recente "reforço" da equipa de todos nós e não só. Começa também a ser de outros também.
Pepe é brasileiro, é defesa central, jogou no FC Porto, a quem cá no burgo é permitido certas coisas dentro do campo que normalmente não é permitido aos outros (para quem não está a perceber falo de uma certa agressividade permitida pelos árbitros como se viu no clássico), e agora é jogador do Real Madrid embora muito sinceramente ainda não percebi o que viram nele para darem 30 milhões de euros.
Portanto tem tudo para jogar na nossa selecção como se vê, a começar a sua origem e a sua posição em campo, um sector onde Portugal não está necessitado. Pelo menos Scolari assim o entende, e até acha que é hipocrisia criticarmos o facto de termos uma selecção luso-brasileira, dando o exemplo de Nélson Évora (mas o que Scolari tem a haver com atletismo?). Por acaso esqueceu-se de referir Nani, Djaló, Nelson e Bonsigwa. Realmente a selecção começa a ter pouco de Portuguesa, mas, e não é preconceito anti-brasileiro, hoje são dois amanhã é a equipa toda. E os africanos, ou melhor, os descendentes de africanos sempre alimentaram com bons resultados as nossas selecções.

Erros de arbitragem com apenas duas jornadas realizadas da Liga, não faltam. Vejamos:
1ª jornada - Leixões-Benfica. Nuno Assis é derrubado na área e o árbitro... nada. (Também a esta hora, Santos ainda estava no Benfica e estava na Taça UEFA porque não conhecia Miguel Vitor e teria convertido Petit em central, etc, e os árbitros às vezes pensam em tudo...); Guimarães-Setúbal. O golo do Guimarães é marcado após uma falta sobre o guardião sadino, Eduardo, que só o árbitro não viu. Temos aqui duas adulterações de resultado, e isto se o Benfica convertesse a grande penalidade). Houve ainda um penalty não assinalado no Sporting-Académica a favor dos visitantes, numa falta provocada por Polga, do tamanho do Estádio, mas sem influência no resultado em termos de vitória do Sporting.
2ª jornada - Boavista-Marítimo. Duas grandes penalidades não marcadas a favor do Boavista. (O Boavista prejudicado e logo no Bessa? Algo está a mudar...); Setúbal-Nacional. Como que a compensar o erro da 1ª jornada, agora tivemos o Setúbal a ser beneficiado, com um golo em fora de jogo (o auxiliar estaria a ver o jogo?). FC Porto-Sporting. Expulsões perdoadas a Pedro Emanuel e Quaresma ainda na primeira parte que podem ter tido influência no jogo.
Está no bom caminho a nossa arbitragem, mas poderia ser bem pior.

Nas provas da FPF, as equipas sintrenses tiveram um começo nada promissor. Os que jogaram em casa empataram (Real, Cacém e 1º Dezembro), apesar de Real e 1º Dezembro terem dominado o jogo e o Cacém ter provado que comprou um excelente guarda-redes que salvou-os da derrota. Os que jogaram fora (Sintrense) perderam. Esperemos que não repitam a "façanha" nos jogos da Taça de Portugal agendados para amanhã.

Crónicas anteriores - 25 de Agosto

2 comentários:

Anônimo disse...

O penalty que fala não existe, uma vez que o arbitro já tinha apitado porque antes da alegada falta do Ploga, o jogador da academica ajeitou a bola com a mao.

SintraSport disse...

Tem razão
Realmente é verdade
Mas tb não considerei influência no resultado
Um abraço