1º Dezembro - Sintrense

3ª Divisão - Série E
Jornada 3

Retirado do site do Sintrense

Num derby onde se viveram momentos dramáticos no lado do Sintrense ao minuto 33, com a lesão de Alex e de Pedro Alves, existiu um momento de como o desporto deve ser encarado com a postura bastante profissional do massagista do 1º de Dezembro. Nesse minuto, e enquanto o massagista do Sintrense do outro lado do campo, perto da baliza defendida pelo 1º de Dezembro, assistia o lesionado Pedro Alves, jogador que foi substituído por Nuno Alves, nesse mesmo instante, e na grande área do Sintrense, assistiu-se a um lance dramático.
Renato, guarda-redes do Sintrense, na ânsia de tirar o perigo da sua área, voa para a bola, atingindo inadvertidamente Alex, que entretanto disputava o esférico com Barradas, atacante do 1º de Dezembro. O defensor do Sintrense cai inanimado no terreno de jogo pela pancada que sofreu, e de imediato, vendo a perigosidade do lance, o massagista do 1º de Dezembro entrou em campo para prestar assistência a Alex, sendo secundado depois pelo massagista do Sintrense que deixou entretanto a assistência a Pedro Alves. Para além do Desporto e da Competição, outros valores se levantam e esse foi e é certamente o lema do massagista do 1º Dezembro. Exemplar.
De imediato foram chamados os Bombeiros e posteriormente o INEM. Temeu-se o pior, mas felizmente as equipas de massagistas dos dois clubes, os bombeiros e os médicos do INEM efectuaram um trabalho exemplar. Alex seguiu para o Hospital São Francisco Xavier, onde à hora que escrevemos esta crónica ainda se encontra, acompanhado por familiares, directores e corpo clínico do Sintrense.
Este é um lance que marca esta partida, tudo o que se passou depois, tanto no campo como nas bancadas, foi o de saber do desenrolar da situação clínica do atleta do Sintrense.
No plano desportivo foi uma partida com duas partes distintas. Uma primeira parte onde o 1º de Dezembro, embora tendo menos tempo de posse de bola, foi a equipa que criou mais perigo na área contrária. Logo aos 4 minutos, numa excelente jogada do seu ataque, num entendimento perfeito, e com mudanças constantes de flancos, Pedroso conclui um lance bastante vistoso, sem hipótese de defesa para Renato, e onde a própria defensiva do Sintrense foi apanhada de surpresa com o próprio lance atacante dos da casa.
Um golo madrugador no derby que forçosamente obrigaria ao Sintrense ir à procura do prejuízo. A equipa canarinha, embora sentindo o golo, começou a desenvolver o seu futebol muito técnico, raramente perdendo um passe, chegando facilmente ao último reduto contrário, mas pecando no capítulo de remate. Aos 14 minutos, numa boa jogada individual de Pedro Alves, Nuno Duarte chega tarde ao cruzamento para desfeitear Hugo Cardoso.

O 1º de Dezembro apostava mais na velocidade dos seus alas, e no futebol directo que patenteava na partida, colocava sempre em constante atenção a defensiva sintrense. Foi assim que aos 43 minutos esteve quase a marcar o segundo golo, numa boa jogada de Pedroso e com a bola a sair muito perto da baliza de Renato.
Para a segunda parte, o Sintrense melhorou o seu jogo e foi a equipa com sinal mais na partida. Mais rápida sobre a bola, criou mais sobressaltos à defensiva da casa mas onde a dificuldade residia sempre no último terço do terreno de jogo. È certo que o 1º de Dezembro ainda viu uma bola ser devolvida pelos postes de Renato, mas era o Sintrense quem mais jogava.
O golo da igualdade tardava em aparecer, até que aos 55 minutos um defensor do 1º de Dezembro joga a bola com a mão perto da sua grande área. O juiz da partida viu a infracção e assinalou a respectiva falta. Como nos bons velhos tempos, o exímio Paulo Vieira encarregou-se de marcar o livre, e só como ele sabe, marcou um golo de belo efeito, restabelecendo a igualdade na partida. Um resultado que já se justificava pelo que o Sintrense estava a fazer em campo.
Bem podemos dizer até, que se a equipa canarinha dispusesse de mais agressividade de remate no último terço de terreno, até poderia estar agora com os três pontos no bornal, mas esse é o verdadeiro calcanhar de Aquiles desta equipa do Sintrense. Faz tudo bem feito até perto da área adversária, mas depois existem as tais dificuldades. Já assim aconteceu frente ao Igreja a Nova na jornada anterior. Voltou a acontecer frente ao 1º de Dezembro.
Um empate a uma bola, que se aceita como nem uma luva a esta partida. Se o 1º de Dezembro dominou na primeira parte, criando mais perigo, foi o Sintrense quem dominou na segunda metade da partida.
Quanto ao árbitro da partida, apenas uma ressalva. Pensamos que exagerou na amostragem do cartão vermelho a Ricardo e a Semedo. Picardias daquelas entre ambos os jogadores servia perfeitamente o cartão amarelo. Tirando esse exagero, Valente Mendes e os seus assistentes estiveram bem, e sem qualquer influência no resultado final deste derby.