Um Treinador na Bancada
Artigo de opinião de Paulo Carrilho
Paulo Carrilho estreia-se no SintraSport com um espaço dedicado ao futebol profissional. E promete incendiar com as suas opiniões. Um autêntico Miguel Sousa Tavares ou Leonor Pinhão do SintraSport, mas mais esverdeado!!! Nesta sua primeira crónica vai falar-nos do clássico que se jogou no passado fim de semana.
Jogou-se no passado Domingo mais um clássico Porto-Sporting. Foi um bom jogo, sem todavia deslumbrar pelo futebol praticado.
Na guerra táctica, Jesualdo Ferreira ganhou na 1ª parte, já que com um sistema de 4x3x3 encostou o Sporting na sua defesa e conseguiu cortar as linhas de passe de tal forma, que o Sporting esteve 30 minutos sem remata à baliza. É uma das desvantagens de ter sempre o mesmo sistema de jogo, já que o Porto neste caso soube estudá-lo e anular o já famoso losango.
Na segunda parte, o Sporting surge já mais subido no campo, mais mexido. Paulo Bento deu ordens para trocar a bola e afastá-la para o meio campo do Porto, e isso foi conseguído. No aspecto técnico, os jogadores do Porto estiveram muito esforçados e agressivos, talvez em demasia, pois ainda na 1ª parte ficou por mostrar cartões vermelhos a Quaresma e Bosingwa, e já perto do final do 1º tempo, Pedro Emanuel, que já tinha cometido falta feia sobre Derlei, num lance disputado no ar, atinge o mesmo Derlei com uma cotovelada feia, merecedora de castigo máximo. Já que nenhum dos árbitros em campo viu, vamos aguardar pelo sumaríssimo.
Os jogadores do Sporting foram surpreendidos pelo sistema táctico do Porto, cedo se viram encurralados, mas diga-se em abono da verdade que, souberam adaptar-se e defender bem, e que apesar do domínio do jogo pelo Porto apenas permitiram uma oportunidade flagrante quando Raul Meireles não consegue encostar para as malhas, e ainda no lance de génio de Quaresma a atirar à barra em livre directo.
Toda a segunda parte foi muito mais equilibrada com posse de bola dividida e oportunidades de parte a parte.
O Porto começou em 4x3x3 e acabou em 4x4x2 após a saída de Lisandro Lopez.
O Sporting começou em 4x4x2 e acabou em 3x5x2 com alas bem abertas a tentar abrir brechas na defesa portista.
No lance capital, no livre que decide o jogo, já li vários jornais e ouvi outros tantos comentadores, no entanto não há consenso. A mim, com toda a franqueza, parece-me um corte, Polga encontra-se a cerca de 45º graus de inclinação em relação ao solo (medido por mim num jornal), podendo até dizer-se que se trata de um corte de carrinho, e além disso o jogador Polga não está enquadrado com o guarda redes, logo pareceu-me um corte. Seja como for alguns comentadores apelidaram Stojkovic de "anjinho"... ora anjinho neste caso é ingénuo, ou seja aquele que cai numa armadilha, em que armadilha caiu Stojkovic?
Talvez porque tenha deixado ao critério do árbitro a decisão do lance? Foi de facto anjinho, pois o Sr. Pedro Proença decidiu como todos os árbitros têm decidido desde a década de 90, ou seja, em lances duvidosos decide-se em favor do Sr. Pinto da Costa. Talvez deste jogo venha a extrair-se mais uma daquelas certidões remetidas para a respectiva comarca, para envelhecer cheia de mofo nas prateleiras de célebre apito que ameaça chegar à década sem haver uma decisão final.
No entanto podemos dividir a análise deste lance em dois capítulos. Vamos então ao segundo capítulo.
Quando da marcação do livre indirecto, podemos ver pelas imagens televisivas o guarda redes do Sporting a sair da posição enérgico e algo descoordenado, ao que é interrompido pelo árbitro, pois ainda a bola não tinha partido já Stojkovic se tinha mexido, mas qual não é o espanto que depois o lance segue, dá golo e tanto guarda redes como defesas ficam a olhar uns para os outros e para o árbitro. Ora vejamos, se interrompe para recolocar o guarda redes no seu lugar não pode deixar continuar o lance. Stojkovic ficou a meio caminho do nada, e a barreira do Sporting apanhada num momento de hesitação.
O Sr. Pedro Proença quando viu a bola no fundo da baliza já não teve coragem para anular o lance...
Resumo a minha analise do jogo a uma frase. O Porto merecia ganhar, mas o Sporting não merecia perder, pelo que o empate seria o mais justo.
Jogou-se no passado Domingo mais um clássico Porto-Sporting. Foi um bom jogo, sem todavia deslumbrar pelo futebol praticado.
Na guerra táctica, Jesualdo Ferreira ganhou na 1ª parte, já que com um sistema de 4x3x3 encostou o Sporting na sua defesa e conseguiu cortar as linhas de passe de tal forma, que o Sporting esteve 30 minutos sem remata à baliza. É uma das desvantagens de ter sempre o mesmo sistema de jogo, já que o Porto neste caso soube estudá-lo e anular o já famoso losango.
Na segunda parte, o Sporting surge já mais subido no campo, mais mexido. Paulo Bento deu ordens para trocar a bola e afastá-la para o meio campo do Porto, e isso foi conseguído. No aspecto técnico, os jogadores do Porto estiveram muito esforçados e agressivos, talvez em demasia, pois ainda na 1ª parte ficou por mostrar cartões vermelhos a Quaresma e Bosingwa, e já perto do final do 1º tempo, Pedro Emanuel, que já tinha cometido falta feia sobre Derlei, num lance disputado no ar, atinge o mesmo Derlei com uma cotovelada feia, merecedora de castigo máximo. Já que nenhum dos árbitros em campo viu, vamos aguardar pelo sumaríssimo.
Os jogadores do Sporting foram surpreendidos pelo sistema táctico do Porto, cedo se viram encurralados, mas diga-se em abono da verdade que, souberam adaptar-se e defender bem, e que apesar do domínio do jogo pelo Porto apenas permitiram uma oportunidade flagrante quando Raul Meireles não consegue encostar para as malhas, e ainda no lance de génio de Quaresma a atirar à barra em livre directo.
Toda a segunda parte foi muito mais equilibrada com posse de bola dividida e oportunidades de parte a parte.
O Porto começou em 4x3x3 e acabou em 4x4x2 após a saída de Lisandro Lopez.
O Sporting começou em 4x4x2 e acabou em 3x5x2 com alas bem abertas a tentar abrir brechas na defesa portista.
No lance capital, no livre que decide o jogo, já li vários jornais e ouvi outros tantos comentadores, no entanto não há consenso. A mim, com toda a franqueza, parece-me um corte, Polga encontra-se a cerca de 45º graus de inclinação em relação ao solo (medido por mim num jornal), podendo até dizer-se que se trata de um corte de carrinho, e além disso o jogador Polga não está enquadrado com o guarda redes, logo pareceu-me um corte. Seja como for alguns comentadores apelidaram Stojkovic de "anjinho"... ora anjinho neste caso é ingénuo, ou seja aquele que cai numa armadilha, em que armadilha caiu Stojkovic?
Talvez porque tenha deixado ao critério do árbitro a decisão do lance? Foi de facto anjinho, pois o Sr. Pedro Proença decidiu como todos os árbitros têm decidido desde a década de 90, ou seja, em lances duvidosos decide-se em favor do Sr. Pinto da Costa. Talvez deste jogo venha a extrair-se mais uma daquelas certidões remetidas para a respectiva comarca, para envelhecer cheia de mofo nas prateleiras de célebre apito que ameaça chegar à década sem haver uma decisão final.
No entanto podemos dividir a análise deste lance em dois capítulos. Vamos então ao segundo capítulo.
Quando da marcação do livre indirecto, podemos ver pelas imagens televisivas o guarda redes do Sporting a sair da posição enérgico e algo descoordenado, ao que é interrompido pelo árbitro, pois ainda a bola não tinha partido já Stojkovic se tinha mexido, mas qual não é o espanto que depois o lance segue, dá golo e tanto guarda redes como defesas ficam a olhar uns para os outros e para o árbitro. Ora vejamos, se interrompe para recolocar o guarda redes no seu lugar não pode deixar continuar o lance. Stojkovic ficou a meio caminho do nada, e a barreira do Sporting apanhada num momento de hesitação.
O Sr. Pedro Proença quando viu a bola no fundo da baliza já não teve coragem para anular o lance...
Resumo a minha analise do jogo a uma frase. O Porto merecia ganhar, mas o Sporting não merecia perder, pelo que o empate seria o mais justo.
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