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quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Jovens do Oriental postos «na rua»

Esta noticia foi publicada hoje no jornal Noticias da Manhã e lamentavelmente sem escutar a outra parte interessada. Puro sensacionalismo? talvez...
Mas o
SintraSport está em condições de informar, que o Oriental queria manter os mesmos preços anteriores de aluguer do campo. Depois de dois anos de dividas ao Clube Ferroviário, o Oriental apressou-se a pagar na esperança de continuar a treinar e a jogar (falamos das suas equipas de formação) no campo que agora tem um relvado novinho. Ou seja, queria ter "bacalhau" pelo preço de "omeleta". Com uma manutenção muito mais dispendiosa, o Clube Ferroviário foi obrigado a actualizar os preços, mas mesmo assim os valores pedidos ao Oriental foram bem mais reduzidos que aqueles que aparecem na tabela de preços já publicada pelo SintraSport.
Agora com um acordo com a Inatel, o Clube Ferroviário tem muitos jogos a serem disputados no seu campo a contar para os campeonatos organizados por aquela identidade. Não seria assim o Oriental, a única equipa a dar utilização aquele campo, como nunca o foi.
A noticia termina com uma enorme mentira. O Clube Ferroviário não joga há 20 anos naquele campo? Meus amigos, apareçam lá Sábado de manhã e vejam a equipa ferroviária em acção...


por Sílvia Carvalho no Noticias da Manhã


As camadas jovens do Clube Oriental de Lisboa estão sem campo de treinos e jogam actualmente em casa emprestada. Esta situação anómala resulta de um acordo entre a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e o Clube Ferroviário de Portugal, que determinou o financiamento de 150 mil euros para a colocação de um piso de relva sintética no “Campo da CP”, propriedade dos ferroviários e situado junto à estação da CP de Marvila, do qual o Oriental tem sido único utilizador há cerca de 15 anos.
Na base desse protocolo esteve a criação de um espaço desportivo mais aprazível e funcional, destinado a incentivar a formação das camadas jovens do popular clube de Marvila, só que essa intenção, inexplicavelmente, não ficou expressa no documento escrito e assinado pelos dois intervenientes, CML e Clube Ferroviário de Portugal, ao qual o Oriental foi completamente alheio.
O aluguer do campo, antes das obras, era de 3200 euros anuais, e, agora, com o piso novo, o proprietário do campo - o Ferroviário - decidiu aumentar aquele valor para 35 mil euros. O presidente do Oriental, José Nabais, sabia que o preço do aluguer do campo ia aumentar, devido ao acréscimo natural da carga horária de utilização do recinto, face à melhoria das condições do piso. Daí, o clube ter pedido o apoio da Junta de Freguesia de Marvila, que se comprometeu a ajudar no financiamento destas «horas extra». Porém, o aumento de preço foi de tal ordem que se tornou “insuportável”, para ambas as partes - autarquia e clube -, segundo adiantou o presidente da colectividade.

Jovens treinam num «quintal»
Desta forma, os escalões de formação do Oriental foram obrigados a recorrer ao campo do Operário de Lisboa, onde efectuam os seus jogos oficiais, sendo que os treinos são feitos num «quintal» anexo ao campo principal do clube, situação que tem levantado vários problemas logísticos, nomeadamente no transporte dos jogadores, já que antigamente podiam deslocar-se a pé para o «Campo da CP». O presidente José Nabais receia que esta vicissitude “desmobilize” os jovens do clube e que venha no futuro a ter reflexos na equipa sénior. “O Oriental precisa de ter, pelo menos, dois escalões inferiores - juniores e juvenis - para garantir a continuidade da equipa principal”, alertou.
Perante um cenário destes, José Nabais não esconde a sua desilusão e não poupa críticas ao clube vizinho responsável pela actual situação. “Apesar de todo o respeito que tenho pelo Clube Ferroviário, construído nos últimos quinze anos, é preciso denunciar a atitude não simpática daquele clube ao não reconhecer que foi por intermédio do Oriental que conseguiu ter relva sintética no campo”, lamentou o líder da popular colectividade marvilense.

Novo Complexo Desportivo é uma prioridade
O clube de Marvila está a tentar resolver a questão da falta de instalações adequadas para a prática desportiva, começando por pressionar todas as forças políticas com representação na CML, avivando memórias e relembrando as promessas do anterior executivo camarário liderado por Carmona Rodrigues de fazer um Complexo Desportivo nos terrenos vizinhos ao Campo eng. Carlos Salema, no Bairro Marquês de Abrantes, a actual «casa» do Oriental.
O presidente do clube de Marvila tem “fé” que o complexo arranque brevemente, o qual tem previsto incluir, para além do campo relvado já existente, um campo de relva sintética para o futebol juvenil e ainda um pavilhão polidesportivo.
A pressão feita pelo clube começa a ter algum retorno, uma vez que o Grupo Municipal do Partido Comunista (PCP) enviou um requerimento, assinado pelo deputado António Modesto Navarro, à presidente da Assembleia Municipal, enaltecendo o valor desportivo do Clube Oriental de Lisboa, que actualmente integra mais de quinhentos jovens e crianças de Marvila e de outras freguesias vizinhas. Os comunistas lisboetas procuram, desta forma, sensibilizar o actual executivo camarário presidido por António Costa para a resolução deste problema apresentando, para o efeito, várias propostas que tinham sido discutidas anteriormente com a direcção do Clube, sendo que uma das hipóteses avançadas passa pela utilização dos terrenos municipais junto à Avenida Principal de Chelas ou a construção de um campo num local destinado à exploração de uma bomba de gasolina, situado nas traseiras do campo eng. Carlos Salema.
Na ausência do actual vereador do Desporto da Câmara Municipal de Lisboa, Marcos Perestrello de Vasconcellos, por motivos pessoais, Duarte Mourão, assessor de imprensa do pelouro, garantiu ao NM que o requerimento do PCP “vai ter resposta”, mas sem adiantar mais nada de significativo.
O NM tentou ainda contactar o Clube Ferroviário mas, até ao termo desta edição, tal não foi possível.

Vinte anos sem actividade desportiva
O Clube Ferroviário de Portugal não desenvolve actividade desportiva no vulgo «Campo da CP», em Marvila, há cerca de vinte anos, tendo sido o Oriental o único utilizador do espaço até ao final da época passada, altura em que começaram as obras de colocação do piso sintético.

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