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domingo, 28 de outubro de 2007

3ª Divisão Nacional - Série E

por José Carlos Gonçalves no blog Ser do Sintrense

Sport União Sintrense 1 vs Grupo Desp. Alcochetense 1

Quem se deslocou ao Complexo Desportivo do Sport União Sintrense, não deu certamente o tempo por mal empregue.
Sintrense e Alcochetense proporcionaram um excelente espectáculo de futebol, com incerteza no resultado até ao último apito do árbitro. Duas excelentes equipas que se entregaram ao jogo na procura dos três pontos, com muita abnegação, dedicação e vontade de conquista. Ganhou o espectáculo e ganhou o público presente, por sinal bem numeroso, no primeiro dia da nova hora de Inverno. A presença de um número agradável de público muito se deve à carreira de ambas as equipas. De Alcochete vieram também um bom número de adeptos, enquanto os adeptos sintrenses vinham apoiar a sua equipa, na procura da quarta vitória consecutiva.

Estas partidas entre Sintrense e Alcochetense têm decorrido ao longo destes anos sob o signo do equilíbrio. Para não fugir à regra, na tarde de hoje esse equilibrio de forças voltou a manifestar-se no Campo Nº 1 do Sintrense.

O Alcochetense vinha de uma folgada vitória (5-0) frente ao Elvas, resultado que certamente moralizou a equipa. Uma equipa bem orientada, bastante arrumadinha e que em Sintra mostrou atributos. Aliás, nas bancadas dizia-se que foi a melhor equipa que passou este ano por Sintra.

Do lado do Sintrense, a equipa demonstrou valentia, arreganho e um espírito de entreajuda notável, procurando sempre a vitória e superiorizando-se em largos períodos de jogo à formação do Alcochetense.

Com um meio campo muito batalhador e com a técnica apurada de Paulo Vieira, o Sintrense entrou bem na partida. Velocidade sobre a bola e uma enorme pressão sobre o adversário, impediram que a equipa do Alcochetense se pudesse organizar nos primeiros quinze minutos da partida. No sector recuado do Sintrense, tanto Renato, como a defensiva iam dando conta do recado, e as poucas investidas iniciais do Alcochetense eram bem resolvidas pelo último reduto do Sintrense.

Lá na frente, Josué e Miguel lutavam muito, e principalmente Josué , lá ia dando trabalho redobrado à defensiva do Alcochetense. Isto porque o ex-júnior do Sintrense, lá nas alturas, ganhava mais lances do que perdia, mas nem sempre aproveitados pelos seus colegas para o último remate à baliza adversária. Neste aspecto, a formação do Alcochetense deixava sempre dois defensores por perto e Josué numa marcação cerrada ao atacante sintrense. Uma marcação que libertava um pouco Miguel para outras funções, mas onde a equipa do Sintrense pecava no capítulo de remate.

O jogo equilibrava-se, e o Alcochetense começou a jogar mais rápido e mais fluído, com descidas mais perigosas à baliza de Renato. Valia por um lado, a defensiva do Sintrense, sempre muito certinha, e a atenção do guardião do Sintrense.

À passagem da meia hora, Josué pela direita do seu ataque “inventa” um buraco na baliza de João Henrique, e numa bonita insistência individual, inaugura o marcador em Sintra. Um golo muito festejado pela equipa e pelos adeptos.

Dois minutos depois, o Sintrense tem o segundo golo à mercê, mas Angel atira por cima da baliza de João Henrique. Na procura do golo do empate, a equipa do Alcochetense abria espaços na sua rectaguarda, embora nem sempre bem aproveitados pelos homens do Sintrense, que com mais calma e concentração, poderiam ter sentenciado ali a partida. Não o fizeram, e aos 44 minutos, Willy é empurrado na grande área do Sintrense, com o árbitro a assinalar a marca da grande penalidade. Chamado a converter, Willy não perdoa e restabelece a igualdade.

Um golo que surgia mesmo sob o intervalo e que poderia moralizar a equipa da outra banda.

Paulo Morgado mexe na equipa, e retira Adérito (por lesão?) para a entrada de Emanuel. O Alcochetense entra melhor na segunda parte, sempre com Willy e Ricardo a aparecerem com perigo junto à área Sintrense, valendo a atenção da defensiva canarinha para suster o ímpeto inicial do Alcochetense.

O primeiro quarto de hora da segunda parte vimos uma maior posse de bola por parte dos homens da outra banda, com o Sintrense a tentar lançar rápidos contra ataques e a tentar surpreender a equipa adversária. Jogava-se rápido na procura do melhor resultado possível, com o Sintrense a dar uma boa resposta e a colocar sempre em sentido a defensiva de Alcochete.

Paulo Morgado tentava ganhar a partida, lançando para o campo, Jorge Bento em detrimento do “estafado”Josué. Já antes, Carlos Lóia tinha mandado entrar Mauro e Koman para refrescar o seu meio campo e dar-lhe um maior envolvimento na partida.

Jogava-se o tudo por tudo nos bancos, com ambos os técnicos a apostarem na conquista dos três pontos. Jogava-se em alto ritmo e qualquer equipa poderia marcar. Apesar das oportunidades criadas por ambas as equipas, o resultado não sofreria alterações até ao final da contenda.

No cômputo geral, o empate aceita-se, porque as equipas equivaleram-se no seu todo. Duas boas equipas a darem garantias aos seus técnicos e massa associativa, de que podem fazer uma boa época.

Quanto ao trabalho da equipa de arbitragem, nem sempre mostrou a mesma dualidade de critérios, com claro prejuízo para o Sintrense. Se bem que exista essa grande penalidade contra o Sintrense, já antes uma jogada de mão na bola de um defensor do Alcochetense dentro da sua grande área, nos deixou grandes dúvidas.

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