O Campeonato Nacional da 3ª Divisão e a Taça de Portugal correm sério risco de não se realizarem esta época. A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) não vai invocar o interesse público para desbloquear o problema criado pela providência cautelar interposta pelo Vilanovense no Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa (TAFL) e que, para já, provocou o adiamento do sorteio das competições que estava marcado para hoje. O Vilanovense contesta a descida aos Distritais, alegando um “erro administrativo” por a FPF ter informado o clube que ficaria na 3.ª Divisão. Segundo Record apurou, a FPF, no faxe que enviou para Gaia, remeteu a informação para o comunicado oficial que deixava claro quais os clubes que seriam despromovidos. E esses seriam os clubes classificados do 12.º lugar para baixo e o pior (ou piores, dependendo da série Açores) 11.º classificado. O Vilanovense “encaixou” nessa posição e desceu. Face à decisão do TAFL, a FPF ficou perante o seguinte cenário: admitir o erro e reintegrar o Vilanovense na 3ª Divisão ou invocar o interesse público, como fez no caso Mateus com o Gil Vicente. A FPF entende que tal figura “deve ser utilizada com critério e parcimónia” pelo que essa solução está colocada de parte. Assim, a saída é esperar pela decisão dos tribunais. Não se adivinhando que a justiça seja célere, campeonato e Taça de Portugal (na 1.ª eliminatória entram equipas da 3.ª Divisão) ficam imediatamente em risco. Na informação prestada ao Conselho de Disciplina foi referido que o Vilanovense recorreu para os tribunais sobre matéria que é do foro desportivo, logo fica sujeito a nova despromoção.
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