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terça-feira, 24 de abril de 2007

Seniores - Nacional - 3ª Divisão - Série E

Sintrense 2 - 1 Câmara de Lobos

Texto: Jorge Cardoso e Nuno Silvestre

ESTÁDIO DO SPORT UNIÃO SINTRENSE

Árbitro: Eugénio Arez

Assistentes: Ricardo Glória e Carlos Cabral

CA AF ALGARVE

SINTRENSE: Paulo (cap), Diogo Almeida ( André Anastácio aos 90+2), Wilson, Angel, Barroso, Paulino, Pedro Nunes, Miguel Ângelo (Maquemba aos 65m), Daniel, Paulo Vieira e Zeca.

Suplentes não utilizados: Crespo, Rúben Jorge,Rui Barroso e Nicol

Disciplina: Cartões amarelos: Angel 45m, Daniel 51m, Wilson 70, Diogo Almeida 76m.

Técnico: Manuel Pedro Gomes

Técnico-Adjunto: António Marques

Massagista: Alcides Rosalino

Delegado: João Serra de Almeida

GOLOS: Angel (5m), Pedro Nunes (8m)

CÂMARA DE LOBOS: Paiva, Kikas, Ruben, Hélder (cap), China, Miguel, Hernâni (Baré aos 16m), Da Silva, Pedro ( Fabrião aos 15m), Gonçalo e Sandro ( Marcelo aos 37m).

Suplentes não utilizados: Ricardo e Nuno

Disciplina: Cartões amarelos: Miguel aos 25m e Ruben aos 90+2m

Técnico: Robert Silva.

Golos: Kikas aos 66m

Ao vencer o Câmara de Lobos, o Sintrense deu mais um passo rumo à tranquilidade tão desejada pelos seus adeptos. Com um começo de partida muito forte e pressionante, o Sintrense conseguiu levar a água ao seu moinho ao marcar dois golos em três minutos, deixando a equipa madeirense atordoada com a avalanche do ataque sintrense. Em dois cantos, Angel e Pedro Nunes não perdoaram na área de rigor, perante o desamparado Paiva que nada conseguiu fazer perante as entradas dos dois jogadores da casa.

Nos minutos que se seguíram, o Sintrense continuou a mandar no jogo, a criar espaços ofensivos e a levar o perigo constante à baliza madeirense. Algumas oportunidades falhadas poderiam ter dado um colorido diferente à partida, onde na primeira meia hora, o Sintrense teve ensejo de visar por mais vezes a baliza de Paiva.
O Sintrense, e como já se disse, entrou muito forte e em velocidade, trocando muito bem a bola e com movimentações rápidas para o ataque. A defensiva madeirense viu-se em palpos de aranha para suster esta pressão, não acertando nas marcações, abrindo espaços a meio campo, aproveitados da melhor maneira pelos pupilos de Pedro Gomes. Na primeira meia hora, e para além dos dois golos, o Sintrense ficou a dever a si próprio outros dois tentos, que poderiam desde logo ter sentenciado a partida, fruto de uma excelente prestação em campo, de uma entrega total à partida. A equipa madeirense, e na primeira meia hora, raras vezes se aventurou para perto da grande área defendida de Paulo, com o mérito a pertencer às marcações cerradas a meio campo e no fecho dos corredores por parte dos homens da casa, não deixando funcionar o ponto mais forte do Câmara de Lobos, precisamente os dois alas - Da Silva e Sandro- conhecidos pela sua velocidade, pela precisão de passe e pela perigosidade dos seus cruzamentos para a àrea adversária. Neste aspecto, tanto Diogo Almeida, como Angel e Barroso, eram autênticas carraças, não deixando a equipa madeirense explorar este ponto forte. Também Miguel Ângelo, com papel preponderante no meio campo e com um imenso fôlego, complicou e de que maneira, as tentativas da equipa madeirense sair para o contra ataque. Depois da lesão, Miguel Ângelo a mostrar que está de volta aos seus melhores momentos, o mesmo acontecendo com Paulo Vieira. No sector recuado, Pedro Nunes, Daniel e Wilson iam chegando para as encomendas, muito certinhos no jogo aéreo e nas marcações, não dando veleidades aos atacantes contrários, com Pedro Nunes a aventurar-se como sempre para a área contrária nos lances de bola parada, marcando até o segundo golo numa dessas incursões à área de Paiva. Lá na frente, Zeca a Paulino, iam metendo respeito à defensiva do Câmara de Lobos, que deixava sempre três e quatro homens mais recuados para o que desse e viesse, criando os tais necessários desequilíbrios a meio campo a favor do Sintrense. Os dois golos madrugadores do Sintrense, deixaram o técnico Robert à beira de uma ataque de nervos, que aos 15 e 16 minutos já mexia na sua equipa, tentando dar a volta ao rumo dos acontecimentos, pois se não o fizesse, estava sujeito a uma pesada derrota. Abriu mais a frente de ataque, com os dois pontas, Beré e Fabrião, e deixando que Da Silva se adiantasse mais no terreno de jogo. Se bem que até à meia hora, nada resultasse dessas opções, o Câmara de Lobos melhorou o seu jogo e nos últimos quinze minutos da primeira parte , conseguiu equilibrar a luta a meio campo e no acertar de agulhas às marcações e pressão sobre o adversário. Aos 40 minutos, Paulo salva uma bola mesmo em cima da linha de golo, e no minuto seguinte, fez outra grande defesa para canto. Era o aviso da equipa madeirense para a segunda parte, dizendo claramente que o marcador ainda não estava decidido. De um possível 3-0 ou 4-0 e o descanso na partida, o Sintrense esteve mesmo à beira de sofrer o golo da equipa visitante, fazendo lembrar o jogo de domingo no Cacém. Felizmente para os da casa, que tal não aconteceu.
Com 2-0 ao intervalo, ninguém estava ainda tranquilo nas bancadas , hoje mais despidas de público do que o habitual, talvez devido ao intenso calor que se fazia sentir.
Como se previa o Câmara de Lobos veio mais forte para a segunda parte, e se bem que o Sintrense até poderia ter chegado ao 3-0 logo nos primeiros instantes da partida, com dois bons remates de Diogo Almeida e de Paulo Vieira, que não passaram muito longe da baliza de Paiva, foi a equipa madeirense que se começou a assenhorear da baliza de Paulo, fruto de uma maior rapidez sobre a bola e com lançamentos ofensivos para as costas da defensiva sintrense. Foi num desses lances, beneficiando também de uma recarga, que as 66 minutos Kikas faz o 1-2. Com quase meia hora para jogar, temeu-se o pior para o Sintrense, e embora os minutos seguintes fossem de assédio madeirense, veio ao de cima a vontade férrea da equipa sintrense vencer esta partida. Lutou, correu, entre ajudou-se com muito espírito de sacrifício e conseguiu levar a bom porto os seus intentos, vencendo este importante desafio, somando mais três pontos e distanciando-se dos lugares da despromoção. No final da contenda, foram bem merecidos os aplausos recebidos da bancada, reconhecendo à equipa a forte entrega e a vontade enorme de querer vencer, contrariando os azares que aconteceram no Cacém, onde depois de estar a vencer por 2-0 e 3-2, viu o adversário chegar ao empate. Uma vitória justa do Sintrense perante uma equipa do Câmara de Lobos que demorou muito tempo a perceber o que lhe tinha acontecido na primeira parte.
Quanto à arbitragem de Eugénio Arez e seus assistentes, estiveram ao melhor nível, sem casos e sempre em cima dos lances mais difíceis de ajuizar.

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