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segunda-feira, 16 de abril de 2007

Seniores - Nacional - 3ª Divisão - Série E

Cacém 3 - 3 Sintrense






Texto e foto: Nuno Gaspar
http://accacem.planetaclix.pt

Numa tarde primaveril o nosso Atlético do Cacém conquistou mais um precioso ponto para o pecúlio do sempre difícil campeonato da 3ª Divisão. O novo treinador do Cacém (Luís João) montou uma equipa para vencer o jogo, mas... O jogo começou com as equipas a entrarem algo nervosas pois precisavam (e precisam) muito de pontos. Aos 4 minutos remate de Silvio após passe de calcanhar de Pedro Andrade, que hoje foi sem dúvida o jogador pérola.Aos 5 minutos Pedro Andrade remata muito perto do poste e logo a seguir Paulo Cabral, que hoje também esteve no plano que nos tem vindo a habituar, efectuou uma excelente defesa. Tendo a partir deste lance a equipa forasteira chegado ao 0-2 sem ter feito algo que merecesse! ao minuto 8 num canto o Sintrense chega ao 1-0 e ao minuto 11 penalty, num lance que Paulo Jorge rasteira o avançado do Sintrense, em que a equipa visitante chega ao 0-2, Paulo Cabral lança-se para o lado correcto mas escorrega na falta de relva. O Cacém a partir deste momento passava por grandes dificuldades de colectivo, parecendo não ter mentalmente soluções para a crise vivida, mas os nossos jogadores são grandes homens e passaram por cima de todas as adversidades, carregando também a opção do Sr. Arbitro que expulsou não sei bem porquê o nosso Rui Alves. Depois da tempestade vem a bonança e o Fragata, a nossa equipa caio para cima do adversário e aos 45 minutos chega ao golo por Pedro Andrade num remate de ressaca já dentro da pequena área.
Começando a Segunda parte a nossa equipa chega ao empate por Pedro Andrade noutro remate também dentro da pequena área para galgo dos apoiantes da nossa equipa (que hoje se portaram muito bem apoiando a nossa equipa até ao fim), a partir daqui o Sintrense foi atrás do prejuízo tendo agarrado a organização de jogo fazendo o nosso guardião excelentes defesas. O nosso treinador fez entrar Renato para o lugar de Casquinha e Bruno Andrade para o lugar de Afonso. Renato ao minuto 67 efectuou um remate de primeira de fora da área para uma defesa do guardião para a frente e Pedro Andrade viu o bola passar-lhe á sua frente, não conseguindo concretizar em golo, mas no minuto 89 Maquemba mais uma vez num canto fez o 2-3 ficando no ar um resultado de indignação pois a nossa equipa perdia no seu reduto, tendo Renato feito uma jogada de profundidade entrando na grande área e foi rasteirado por um defesa, concretizando o penalty que foi assinalado fazendo o 3-3, que persistiu até ao fim.
Assim os nossos jogadores estão de parabéns pela entrega ao jogo que realizaram mesmo com todas as contrariedades.

Extracto retirado do Site do Sport União Sintrense (http://susintrense.pt/):

Derby é sempre derby. Cacém e Sintrense, proporcionaram ao muito público presente no Joaquim Veira, um espectáculo emotivo e com resultado imprevísivel até ao final da partida. Uma palavra para a Direcção do Cacém, que “recebeu simpatiquisimamente” a comitiva do Sport União Sintrense, “retribuindo” o encontro da primeira volta, onde a Direcção do Sintrense, ofereceu um lanche na Tribuna de Honra do nosso Estádio aos dirigentes do Cacém. Desta vez, foi a direcção do Cacém “que se esmerou” e “ofereceu” ao nosso clube, as velhinhas cabines que se encontram junto ao pequeno campo sintético, que embora sem casa de banho interior, se encontravam asseadinhas. Os nossos jogadores tiveram assim a necessidade de passar pelo meio do público, para se deslocarem para o campo principal. A justificação para que o Sport União Sintrense não utilizasse as cabines principais do Joaquim Vieira, e segundo um dirigente da casa, foi o facto de uma “caldeira ter rebentado e a cabine destinada aos visitantes se encontrar fedorenta”. A direcção do Sport União Sintrense registou e anotou a atenção dispensada pela sua congénere do Cacém.
Mas como já dissémos, foi uma partida emotiva. O Sintrense entrou muito bem na partida, muito rápido sobre a bola, e apostando na velocidade nas alas, para tentar surpreender a equipa da casa. Sob a batuta de Paulo Vieira na distribuição de jogo ofensivo, Maquemba, Zeca e Paulino, bem secundados pela velocidade de Diogo Almeida, e a tenacidade de Miguel Ângelo, colocaram em sentido os homens da casa. Com esta entrada fulgurante do Sintrense, não foi de admirar, que aos 8 minutos, Angel, muito oportuno, e na sequência de uma jogada de insistência, chegasse ao primeiro golo da partida. Muita apoiada pelos seus adeptos (em grande número no Cacém), a equipa do Sintrense não baixou os braços, e continuou a insistir em toada ofensiva. Aos 11 minutos depois, a velocidade de Maquemba a entrar na área adversária, obrigou a que um defensor da casa, à margem das leis, fizesse falta já dentro da área de rigor. Penalty claro, que Paulo Vieira aproveitou para marcar o segundo golo do Sintrense. Com 2-0 a favor do Sintrense, e da maneira como estava a decorrer o jogo, esperavam-se mais golos do Sintrense. Na realidade, aos 16 minutos, Zeca remata, com a bola a passar junto ao poste da baliza de Cabral com este já batido. Aos 21 minutos, é Maquemba que remata para golo, com a bola a embater nas pernas de um defensor da casa, quase em cima da linda de golo. Na recarga, Paulo Vieira remata, com a bola a passar novamente ao lado. O Cacém pouco atacava, e era o Sintrense que estava a dominar em toda a linha. Aos 27 minutos, Maquemba entra pela esquerda, cruza já dentro da àrea, e tanto Zeca como Paulino falham o golo, para desespero dos adeptos sintrenses. Esperava-se o terceiro golo, nesta altura, mais que merecido por parte dos homens do Sintrense, ao ataque e com Paulo a ser um mero espectador da partida. Aos 32 minutos, Rui Alves decide agredir Miguel Ângelo sem bola, e vê ordem de expulsão dada pelo àrbitro, Pedro Mansinho. Os homens do Cacém não se entendiam nas marcações e viam constantemente o perigo à sua frente. Aos 35 minutos, mais uma jogada de grande perigo na àrea do Cacém, com uma sequência infernal de remates contra as pernas dos jogadores da casa, e com a bola teimosamente a não entrar. O 2-0 era um resultado já muito curto para o Sintrense, tal a avalanche ofensiva da equipa, se bem que, e em termos de finalização, a equipa não estava a corresponder às inúmeras oportunidades criadas. Bem vistas as coisas, e a existir justiça no marcador, mais dois ou três golos para o Sintrense, não era mentira nenhuma. Na primeira vez que o Cacém vai com perigo à àrea do Sintrense, faz golo. Mesmo em cima do intervalo, Pedro Andrade ( o melhor jogador do Cacém), faz tudo bem feito, e numa triangulação perfeita com os seus companheiros da frente, isola-se e faz o 1-2, resultado com que se atingiu o intervalo. Um resultado injusto, já que de uma possível goleada, o Sintrense via-se a vencer pela margem mínima.
Para a segunda parte, Pedro Gomes, opta por colocar em campo Jorge Bento, em detrimento de Zeca. Uma aposta feita na rapidez de execução que possui Jorge Bento, e no factor surpresa, já que abria mais a frente de ataque, e libertava mais Maquemba para outras àreas do terreno de jogo, apostando na sua velocidade. Mas o Cacém, com toda a sorte do jogo pelo seu lado, na primeira jogada da 2ª parte, faz o empate. Balde de água fria para o Sintrense, que poderia ter arrumado com o jogo ainda na primeira parte, e via-se agora numa situação de empate.
Este golo apanhou o Sintrense a frio, e a equipa demorou a recuperar deste lance. Os 20 minutos seguintes foram de mais intensidade por parte dos homens da casa, com Pedro Andrade a ser um quebra cabeças para a defensiva do Sintrense, embora Angel estivesse sempre muito atento, bem assim como a restante defensiva do Sintrense, já que o jogo ofensivo do Cacém passava todo por este homem. Um remate de Sílvio, aos 19 minutos desta 2ª parte, levava o selo de golo, mas a bola, caprichosamente, passou ao lado. Só a partir dos 20 minutos da segunda parte, o Sintrense conseguiu novamente pegar no jogo e ir à procura do prejuízo. Maquemba era um quebra cabeças constante para a defensiva do Cacém e a sua rapidez de execução causava alguns embaraços no último reduto adversário. Com a partida a caminhar para o final, surge o terceiro golo do Sintrense, aos 87 minutos. Numa jogada rápida, movimentos ofensivos perfeitos, e Maquemba a aproveitar para na cara de Cabral, fazer o terceiro golo para o Sintrense. A três minutos dos noventa, pensava-se que a vitória não fugiria ao Sintrense mas mesmo em cima do minuto 90, Renato “desencanta um penalty milagroso”, que enganou o próprio árbitro, Pedro Mansinho. O lance é simples, o atacante do Cacém “força” a passagem pelo meio de dois defensores do Sintrense, e aparece estatelado no terreno de jogo, quando apenas a bola é jogada. Enganado pelo aparato de Renato, Pedro Mansinho marca penalty, para desespero de toda a equipa do Sintrense e do próprio banco, que não aceitou esta decisão do àrbitro. Chamado a converter, Renato faz o empate a 3 golos, dando ao placard um colorido injusto à partida, onde só uma equipa mereceu vencer, que foi a do Sintrense, que na primeira parte, tudo fez para marcar, além dos dois golos que marcou, mais outros dois ou três. Um resultado falso como Judas.
Mas a equipa está de parabéns. Perante todas as adversidades que encontrou nesta ida ao Cacém, bateu-se bem, lutou muito, foi guerreira e solidária, jogou bem, é certo que pecou na finalização, mas deu a todos uma resposta verdadeira do que é que poderá fazer até final do campeonato. Estão de parabéns os nossos jogadores pelo que demonstraram no Campo Joaquim Vieira, dizendo de peito aberto, que todos podem contar com eles.
Quanto ao árbitro Pedro Mansinho, foi enganado no lance do penalty, e não fosse isso, teria sido uma arbitragem perfeitíssima, bem secundado pelos seus assistentes, sempre muito atentos.

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